Oi gente, vocês já pararam para
pensar em como estamos tratando a escola apenas como um meio de as pessoas
virarem gente, acredito que grande parte de vocês já devem ter ouvido a frase ''
Você tem que ir para a escola para virar gente'', mas será que a função da
escola é essa?! Não desmerecendo a importância da escola, ela é muito importante na vida de todos nós, mas, me pergunto, será que não somos gente antes de irmos à escola?! São perguntas bem
simples, mas dificilmente prestamos a devida atenção no seu significado.
Também tem a
pergunta clássica "O que você vai ser quando crescer?" Quando fazemos
esse questionamento a uma criança, temos em mente que a resposta deve ser a
profissão que ela deseja exercer na vida adulta, mas aqui pergunto a vocês, nós
somos a profissão que exercemos?! Em minha opinião somos bem mais, se uma
criança dissesse "eu quero ser adulta", "quero ser eu", seriam respostas
corretíssimas. Mas a nossa atitude na maioria dos casos é logo repreendê-las, as fazendo acreditar que a resposta dada por elas foi errada, quando na verdade ela foi mal formulada por nós. Temos que aprender a diferenciar o que somos da profissão que exercemos, não que isso exija uma separação total, o nosso comportamento deve ser coerente com o que verdadeiramente somos.
O livro Pinóquio as avessas de Rubem Alves, traz exatamente essas reflexões acima, o autor inverte um pouco da história de Pinóquio, o menino que sonhava em virar gente, trazendo a reflexão que as crianças entram como uma madeira, a ser moldada, mas que se deveria respeitar as suas formas naturais e aprimora-las, mas a escola infelizmente não esta tornando isso possível.
A história se inicia quando o menino chamado Felipe faz perguntas ao seus pais, mas estes respondem que na escola, todas as perguntas do garoto serão respondidas, Felipe fica entusiasmado, sonhando com uma escola, onde todas as suas duvidas serão respondidas.
Felipe é uma criança sonhadora, mas quando vai a escola descobre que as coisas não acontecem da maneira que ele imaginava, a escola tem regras, tem horários, e quando ele pergunta para sua professora de língua Portuguesa o nome de um pássaro azul que come mamão, que ele tinha visto no caminho, aquela não dá importância a sua pergunta, alegando que não é hora de falar em pássaros, temos que seguir o programa curricular, que por sinal, Felipe não tinha minima noção do que seria um programa. Com uma postura autoritária, que não se importa com as individualidades de cada educando. E assim a história se desenvolve, leiam e descubram o fim dela, não vou conta tudo poque a curiosidade aumenta a vontade de ler.
É isso gente por hoje é só, espero que leiam o livro também, ele é muito bom, se lerem, depois voltem e deixem as suas impressões, tanto do livro, como do meu texto.
Obrigado gente.
Raysa Marcelino 28/07/13
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